Barreiras da vida

17 de novembro de 2015

Viver significa estar em constante interação com o mundo interno e externo. Isto é, buscar no meio aquilo que precisamos para viver, como o ar para respirar; amor; amigos; conhecimento. Nesta troca com o mundo externo, tanto a pessoa como o meio saem transformados.

Isso pode ser visto nas obras de artes, expressões do mundo interno do artista, que convida o espectador a embarcar na sua emoção. O convite permite também que o observador olhe para sua própria emoção e dê o seu significado à arte e aos seus sentimentos. Dessa forma, tanto o artista e o espectador moldam sua vivência e transformam-se com ela, ao mesmo tempo em que mudam a obra.

O filósofo francês Merleau-Ponty afirma que é impossível separar obra-autor-espectador, pois cada um, de acordo com sua experiência, dá sentido à obra, recriando-a. É com essa ideia que surge, nas artes, o movimento neoconcretista. O neoconcretismo traz o conceito de artes como extensão do ser humano e, portanto, é um espaço que deve ser vivido. Assim, o espectador deixa de ser um mero observador para se tor